Afinal, beleza é pecado?

Os programas de emagrecimento, em nome de uma boa forma, prometem os melhores resultados a uma população sedenta por beleza. Por outro segmento desde 2013, o Brasil é o recordista mundial em cirurgias plásticas, com mais de 1,5 milhão de operações por ano

O avanço dos procedimentos estéticos, as cirurgias plásticas e a promessa de exercícios “seca barriga” por tempo de pouco mais de dois minutos por dia, alinhado aos revolucionários Programas de Dietas garantem, em última instância a silueta perfeita repercutirem nas redes sociais e já se tornarem grande nicho publicitário e de mercado consumidor.

Um caso emblemático que expõe o julgamento impiedoso da sociedade, a rotina da busca pela beleza e da aparência ser parâmetro de aceitação do mundo, é o ocorrido pela consultora Cíntia

Cunha, 37, que morreu após se submeter a uma dieta radical onde perdeu 45 quilos em menos de seis meses, sem acompanhamento médico. Ela gravou um vídeo quando hospitalizada, compartilhado por mais de sete mil usuários e teve em torno de 700 mil visualizações na época.

Conforme a amiga overloquista Lucilene Peters em entrevista ao jornal Extra, a tragédia começou a se desenhar em fevereiro, quando começou a ingerir 400 calorias por dia, quando o ideal para as mulheres é consumir cerca de 2 mil diariamente. A verdadeira obsessão aconteceu após postagem de um homem no Facebook dizendo que ela “era gorda e não conseguiria nada na vida dessa forma”. Na época, Cíntia pesava cerca de 115 quilos, e já havia emagrecido uma parte dos 45 quilos. O comentário, a fez surtar, contou Lucilene e então passou a só tomar suco.

Quem também acompanhou o caso foi Madlon Tavares que também fazia parte do grupo de apoio no Facebook. Na reportagem Tavares destacou da amiga ser confiante, com muita autoestima e do pensamento inicial ter sido em emagrecer para ter qualidade de vida, aponta no comentário o motivador do abalo do seu psicológico. Conta, destacando que a amiga perdeu 19 quilos em apenas 10 dias.

Como as mulheres são responsáveis por 88% das operações estéticas feitas no país e estar nelas o expressivo conceito do embelezamento da sociedade faz parecer que o homem também não está enquadrado nessa verdadeira ditadura do estereotipado, com alto grau no nível de satisfação através da imagem corporal e se inclui também a de moda.

A massificação do interesse em perder peso, de ostentar um abdômen sarado, além do reparo estético, medidas e contornos do corpo perfeito, além de muitas vezes se tratar de um indigesto cardápio, levanta o questionamento de até aonde vai o limite da boa aparência

Para a acadêmica do curso de Psicologia da URCAMP Marla Manquevich Vieira, não há nenhuma restrição bíblica a respeito da beleza, mas sim uma citação em Provérbios 15:13-23 que nos fala “que um coração alegre a formoseia o rosto , visando que nosso corpo é templo do Espírito devemos mantê-lo cuidado e adornado.

Vivemos em uma sociedade muito cruel, onde padrões exorbitantes de beleza são exigidos e impostos, e se essa regra não for cumprida não servimos para tal, a famosa “Ditadura da beleza” não oprime somente as mulheres ,mas crianças , adolescentes jovens e homens, levando a população desenvolver doenças psicológicas como distúrbios alimentares ,bulimia, anorexia ,ansiedade, bullying e até depressão. A mesma encontra força na mídia através de novelas, artistas e modelos sempre magros e perfeitos, podemos ver a mudança até na terceira idade ou melhor idade, através das intervenções cirúrgicas.

Olhando pelo o lado positivo atualmente as pessoas tem buscado uma qualidade de vida mais saudável e isso é muito bom, ter uma rotina de exercícios físicos e uma boa alimentação, eu mesmo sou adepta a academia e a uma alimentação balanceada, mas como tudo na vida devemos manter o bom senso, o equilíbrio ,sem exageros buscando sempre o bem estar físico e mental.

Não faça o que você não goste, faça o que dá prazer, procure atividades de acordo com seu estilo, concluiu.