A mulher e sua importância

Ao longo do tempo muitas foram as barreiras derrubadas e tantas outras edificadas. O papel da mulher na sociedade é um capítulo a parte no decorrer desta história. Em todos os campos muitos sempre foram os desafios a serem enfrentados pelo sexo feminino. Hoje, não muda este sentido, mesmo com consideradas conquistas obtidas e a equivalência ao sexo oposto em muitas situações, o terreno ainda tem as suas exclusividades masculinas.

Para a pastora Vera Sarmento da igreja Pentecostal A Família de Deus de Bagé, no chamado para a obra da fé da igreja é algo superior. “Portanto está, e deve ficar assim, fora das celeumas ideológicas do mundo, pois o próprio Senhor disse em João 15:19 – porque não sois do mundo,”, frisou Sarmento.

A pastora conta que quando se converteu ao Senhor, tinha apenas 11 anos e, foi batizada com o Espírito Santo, em meio a um poderoso avivamento que acontecia na cidade de Bagé e região, “Uma saudosa e amada pastora, chamada Edi Nascimento, veio até onde estávamos e falou para minha mãe – cuida bem dessa menina”, lembra. Naquela época não poderíamos saber todas as circunstâncias, provas, lutas, surpresas, alegrias que o Senhor usaria para moldar o meu caráter de forma a usá-la no ministério da Palavra.

Mesmo com todo o esforço, não conseguiria enumerar homens e mulheres de Deus que o Senhor usou para ajudar, incentivar e corrigir em sua caminhada. “O Reverendo Miguel Assunção dos Santos, Luis Augusto Moraes e tantos outros. Especialmente, é claro, meu marido pastor Paulo Sarmento”, registra a pastora.

Considera se uma mulher privilegiada, pois pode dizer que teve mais apoio, ajuda, compreensão, incentivo do que as contrariedades e queixas que comumente se ouvem em oposição ao ministério pastoral das mulheres na igreja. “Tive a graça de Deus de no dia 17 de novembro de 1992 ser consagrada pastora (fato ainda não muito comum no meio evangélico naquela época)”, confidência. Quem intercedeu a Deus por ela naquela ocasião foi justamente a pastora Edi Nascimento, a mesma que havia profetizado a seu respeito, ainda na infância.

Grata a Deus por haver cumprido nela a sua Palavra, como lemos acima, que em Cristo – Já não há... homem nem mulher. “Ao longo de todo esse tempo, em que o Senhor tanto nos preparou como executou sua obra, tivemos oportunidade de trabalhar com crianças, com jovens, com obreiros, na liderança do Movimento Aglow International para o Rio Grande do Sul, participando de memoráveis congressos em Phoenix (Arizona) USA 1993 - Orlando (Florida) USA 1995 - Houston (Texas) USA 1997. Além disso, podemos lembrar de tantos encontros em Bagé e cidades vizinhas, no Uruguai, na Argentina e, recentemente, o Senhor deu-me a graça de visitar o avivamento em Bogotá na Colômbia”, salienta a pastora..

A sua conclusão por tudo isso vivido a igreja deve se manter a parte da discussão ideológica da “guerra dos sexos”, mas entende que como igreja, não deve ser ignorado as injustiças contra mulheres, crianças, idosos, deficientes físicos, entre outros. No entanto, não é possível esquecer que fazemos parte, prioritariamente, de um Reino de justiça que desde agora já é manifestado pelo Espírito (1 Coríntios 2:9-10). Assim basta que estejamos, verdadeiramente, inseridos no Reino do Seu Amor para que todas as coisas também estejam de acordo com as leis deste mesmo Reino.

O plano da Igreja e, portanto das mulheres na igreja, é um plano mais alto e além de interesses humanos. “No plano de Deus para as mulheres na igreja, somos protagonistas sim. Somos aquelas que sustentam a obra (Lucas 8:3). Somos aquelas que estão presentes na pior hora (João 19:25). Somos, também, aquelas que primeiro se alegram com as boas novas do Evangelho (Marcos 16:1-11)”, enumera. Nisto, podemos ver que é verdadeira a afirmação de Daisy Osborn, no livro - A Mulher e Sua Auto Estima - onde fala: “Jesus veio redimir as mulheres da mesma maneira que os homens para que sejam suas cooperadoras, suas discípulas, suas mensageiras, suas representantes – da mesma maneira que Ele usa os homens.”

Para finalizar a pastora Vera Sarmento conclama a todas as mulheres que enfrentem com coragem todos os desafios que o mundo atual as apresenta. Seja pela imposição diabólica de injustiças de um mundo em queda ou pela falsa valorização da mulher, impedindo o verdadeiro crescimento no Reino e do Reino. “... sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é em vão no Senhor. (1 Coríntios 15:58).