13° salário para vereadores de Candiota é rejeitada pela maioria dos parlamentares
A Câmara de Vereadores de Candiota teve nesta segunda-feira, 2, noite de calorosas manifestações, fossem elas contrárias a regulamentação do 13° ou os favoráveis. Fato importante, que o regimento foi usado com duas Sessões extraordinárias, ficando assim, evidenciado, que todos os nove vereadores não se furtaram a levar o bom debate as claras e com transparência de opiniões.
Outro fator que deve possuir relevância é de o 13° salário ser prerrogativa do presidente em exercício autorizar, o fato era exatamente para se tornar lei tal prática, que a grande, imensa maioria da população, conforme foram as postagens em rede social, quando vazou o áudio do vereador Fabrício (MDB), não eram sabedores.
O primeiro vereador a falar, conforme sorteio prévio, foi Guilherme Barão (PDT). Em sua fala foi enfático ao afirmar que não poderia aceitar o que estavam dizendo sobre os vereadores estarem se locupletando. “Está cheio de vereadores de plantão nas redes sociais, mas para ser vereador tem que passar pelo crivo das urnas antes”, desabafou Barão por entender que ser vereador não é uma tarefa fácil e requer dedicação. “Sou coerente, se em quatro mandatos, nas três vezes que fui presidente da Casa autorizei o 13° salário, mesmo sabendo que vai ser derrotada, esta noite, a regulamentação, voto sim”, enfatizou e acrescentou que muitos vereadores disseram que gostavam que ele era presidente em razão de liberar o 13°. Agora, após as manifestações contrárias das ruas se dizem contra. “Isso é demagogia!”, acusou.
Para o vereador Dino Sani (PSDB), mesmo ele votando contra a regulamentação, sua posição era favorável, mas iria manter a coerência quando assumiu que votaria contra o 13° aos vereadores, caso o prefeito, vice e secretários também não recebem o beneficio. Fato que, tramita o projeto na Casa para acabar, e, no seu entendimento, a lei tem que ser para todos. “Vereadores merecem, está dentro da Lei”, registrou.
Danilo possui o entendimento do caminho mais correto é direcionar os recursos para a área da saúde e educação. “É mais importante valorizar áreas onde, ainda existe muita carência para a população mais desassistida”, afirmou.
Ataídes, considera o papel do vereador um trabalho e todo trabalhador deve ser remunerado. Votou contra a posição da bancada. “Trabalhador tem que receber”, enfatizou dentro de uma visão que ele trabalha muito pelo mandato, caso ocorra disparidades de tempo gasto no uso das atribuições de vereador, para ele, é outro assunto, que deve também ser tratado, mas em outra pauta.
Odiva (PSDB) proponente da lei para tirar o 13° de cargos eletivos no executivo de Candiota, votou contra a regulamentação, em sua fala acha justo o pagamento, mas considera que prefeito, vice e secretário devem se somar aos vereadores no sentido de primeiro organizar o município. “O povo está pedindo isso!”, ressaltou.
Já, João Roberto (PT), entende, que a política passa pela coletividade e a Bancada do PT tirou em ser contrária a regulamentação. “Valores até agora recebido devem ser repassados a alguma entidade social”, informou.
Fabiano Osvaldi considera que na questão de mérito o 13° aos vereadores é constitucional, mas o fato em ser contrário a regulamentação é que ao se tornar lei pode no futuro ser impactante aos cofres públicos. “Tornar lei obriga o pagamento. O presidente possui prerrogativa para pagar o provimento caso possua o entendimento”, detalhou dentro de uma posição que entende do executivo, prefeito, vice e secretários receberem o 13° por questão da dedicação exclusiva e os vereadores possuem a possibilidade de conciliar o mandato com outro trabalho.
O Fabrício Moraes (MDB) teve em sua fala toda ela favorável ao subsidio do 13° aos vereadores, mas votou contrário a regulamentação. “É demagogia, não foram contrários quando recebiam, - na hora de receber, todos quiseram, mas agora, porque o povo ficou sabendo, se tornaram contrários. Isso é demagogia!”, rebateu as manifestações dos que falaram ser contrários a regulamentação ao 13° salário.
