Bagé: Campanha contra preconceito à mulheres no volante

'’Mulher no Volante, Direção Segura e Elegante'’ será tema de blitz

Acontece no dia 1º de agosto, um alerta contra o preconceito existente sobre a atuação da mulher no volante. De acordo com uma pesquisa encomendada recentemente pelo DPVAT, as mulheres se envolvem muito menos em acidentes de carros. E quando isso acontece, são menos graves. Em casos de acidentes com morte, a diferença é ainda maior, 82% das vítimas são do sexo masculino

A ação acontece pela manhã nas principais sinaleiras da cidade e terá distribuição de folder informativo com dados do Departamento Nacional de Transito (DNIT) referentes a acidentes de trânsito. Segundo estatísticas, apenas 11% dos acidentes no Brasil são causados por mulheres. Além disso, no Rio Grande do Sul, 79% dos acidentes com morte vitimaram homens e, na região da Campanha, 85% de incidentes foram causados pelo gênero masculino.

“Queremos mostrar que a mulher é mais segura que homem no trânsito e que aquela velha frase que '’mulher no volante é perigo constante'’, não passa de desrespeito, mito e preconceito”, ressalta a coordenadora da Coordenadoria da Mulher Cândida Navarro, que esclarece que a ideia surgiu de uma cena de hostilidade que presenciou recentemente de um homem contra uma mulher em uma via central da cidade, em que a condutora estava realizando uma baliza corretamente e foi prejudica por uma infração de outro motorista.

O secretário da Secretaria de Segurança e Mobilidade Urbana (SSM), Luis Diego Soares, que acompanha o trânsito diariamente dá o testemunho: “A gente vê diariamente preconceito e desrespeito de homens contra as mulheres no volante. Verificamos que o homem acaba sendo prevalecido em várias situações, chegando com o carro mais perto, por exemplo, quando veem que são mulheres, só para tentar prejudicar”, relatou.

Concursada como motorista na Prefeitura de Bagé há 13 anos, a servidora Maria Angélica Pamplona Barbosa, fala sobre a profissão: “A gente vê que a barreira dos homens contra as mulheres não é só no trânsito, é em tudo, no dia a dia. No começo, sofri preconceito e não foi fácil, mas hoje é mais tranquilo, o pessoal já está mais acostumado. A blitz foi uma boa ideia e acho que vai ajudar”, considerou.

Imagem captada na internet