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Bagé: Campanha para melhorar acessibilidade e mobilidade da população


A medida tem por meta conscientizar contribuintes e empresas, para que, quem precisa usar o passeio público e rampas de acesso, tenham melhores condições de acessibilidade.

Paulo Lopes é cadeirante há 22 anos, desde o dia em que o cavalo em que estava montado se assustou e saiu em disparada, fazendo com que ele caísse, mas ficasse preso ao animal, batendo com a cabeça diversas vezes no chão. Lopes esteve na Secretaria de Gestão, Planejamento e Captação de Recursos (Geplan), acompanhado do vereador Lélio Lopes, para uma reunião com o secretário da pasta, Eduardo Deibler. A reivindicação de Paulo, que diariamente sofre com o problema de acessibilidade em locais públicos, no comércio e nas rampas de acesso, motivou a equipe da Geplan, juntamente com o vereador, a criar uma campanha de conscientização que abrange diversos aspectos da mobilidade urbana. Lopes diz que é recorrente ver situações em que o deficiente é desrespeitado diariamente, seja na vaga para pessoas com necessidades especiais, onde carros que não se enquadram na situação acabam ocupando a vaga, assim como nas rampas de acessibilidade, muitas vezes também ocupadas por carros - quando em via pública -, ou inadequadas, quando em lojas e prédios públicos. “Tem rampas que não são planejadas. Ou são inclinadas demais, podendo fazer a cadeira virar, ou são apertadas demais, mal planejadas”, lamenta. Ele conhece boa parte das rampas da cidade e diz que a maioria não está adequada à realidade dos cadeirantes.


A campanha

Direcionada a melhorar a acessibilidade do cidadão de modo geral, tem por objetivo, inicialmente, conscientizar a população, evitando assim que sejam aplicadas multas por calçadas com piso irregular ou sem calçamento, assim como naquelas que estão com tapumes e obras, criando mais condições para quem precisa transitar diariamente por estes locais. “É proibido ocupar 100% das calçadas com obras” reivindica o vereador, citando o Código de Obras, já que muitas vezes os tapumes de obras ocupam a totalidade das calçadas, onde o máximo permitido é 50% do espaço.


Deibler aponta que a campanha terá como pontos principais a conscientização, fiscalização e mais acessibilidade. “É importante ressaltar que a melhora das condições de mobilidade e acessibilidade não beneficia apenas deficientes físicos. Mas também idosos, crianças e pessoas com carrinho de bebê, por exemplo, ou que enfrentam algum problema físico temporário, também serão beneficiados”, aponta.

A proposta prevê também a criação de uma campanha envolvendo o comércio e prédios oficiais, no qual as lojas e locais públicos que estejam adequados, recebam um selo apontando que aquele local está ajustado às pessoas com necessidades físicas especiais.


Táxis

O secretário da Geplan destacou ainda que Bagé não possui nenhum táxi adaptado à realidade dos cadeirantes e colocou a situação como uma prioridade. “Vamos agilizar para que, pelo menos, dois táxis sejam apropriados para este fim”, afirmou.


Fotos: Rodrigo Sarasol


 
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