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Idec aponta problema grave de fornecimento de energia elétrica no Brasil

Estudo recente realizado pelo Institituo Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) identificou que Norte e Centro-Oeste são as regiões mais afetadas pela falta de energia entre 2011 e 2017. A pesquisa divulgada em julho também salientou que o fornecimento de energia elétrica é um problema comum em todo o Brasil.

O estudo considerou dados de todas as 91 distribuidoras de energia do País, que atendem 81 milhões de UCs (unidades consumidoras). Foram feitas análises nacionais e regionais no período de 2011 a 2017 do número de UCs ao longo dos anos, da quantidade de unidades afetadas pela violação dos indicadores de continuidade de serviço - considerando o DEC (Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora) e o FEC (Frequência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora) - e do valor limite dos indicadores. Os dados foram retirados do site da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).


Ocorre, conforme o Idec “o limite médio para esses dois indicadores pode variar bastante, pois são definidos pela agência para os conjuntos elétricos das distribuidoras considerando vários fatores, como densidade das unidades consumidoras, o mercado de energia, a vegetação da área, o índice pluviométrico, entre outros”.

O levantamento constatou que o Norte e o Centro-Oeste do País sãos as regiões cuja qualidade do serviço prestado é menos adequada. Ou seja, enquanto um morador do Amazonas pode ficar até 48h seguidas e 45 vezes por ano sem energia, uma pessoa de São Paulo fica, no máximo, sete horas seguidas à luz de velas, seis vezes por ano.


Questionada a Aneel afirmou que a metodologia comparativa da agência mostra que há redução da diferença com o passar do tempo. Contudo, não existe uma previsão para que todas as regiões do Brasil tenham um mesmo limite. Uma das razões são as sensíveis diferenças do padrão de rede, da infraestrutura e das características de atendimento.

O Sul e Sudeste têm em comum o ano de 2014 como o período com mais corte de fornecimento. Depois, houve melhora nos índices, mas Rio Grande do Sul e Espírito Santo ainda são destaques negativos.


Sobre a piora dos índices nos últimos anos por região, Estado e concessionária, a Aneel garante que, nos últimos dois anos, de acordo com números apresentados pelas distribuidoras, o desempenho do DEC e do FEC tiveram “sensível melhoria”. Contudo, como a análise feita pelo Idec considerou o período de sete anos, foi identificada melhora no Norte, principalmente no Pará, e no Sudeste – com exceção de São Paulo – e piora no Centro-Oeste, no Sul e no Nordeste.



Foto capturada da internet


 
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