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Segundo a OMS, a cada 40 segundos, alguém no mundo interrompe a própria vida

  • Foto do escritor: Jornal Gente
    Jornal Gente
  • 19 de set. de 2018
  • 6 min de leitura

Os números apresentados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) que a cada 40 segundos, alguém no mundo interrompe a própria vida e, também apresenta o fato de que, óbitos autoprovocados é significativamente maior que aqueles causados por homicídio: 800 mil por ano, contra 470 mil, é alarmante.


Este crescimento constante nas taxas de suicídio, além de já apontar para números expressivos, chega com peculiaridades que ocorrem em todas as camadas sociais, idades e religiões.

Outro fator é que após a exposição pelo ocorrido, o suicídio volta a se tornar invisível, por ser tratado, ainda como um tabu social, na qual é mantido sempre o código do silêncio, quando o recomendável segundo especialistas, para enfrentá-lo, é preciso falar abertamente sobre sofrimentos e transtornos mentais.


Quem fala do fato é o pastor da igreja Pentecostal Novo Tempo de Dom Pedrito Edison Luiz Rola Belém, onde levando em conta o número de habitantes, é o município na região onde mais ocorrem tais casos. “As ocorrências se tornam algo lamentável junto à comunidade e deixa famílias inteiras desoladas, a cada caso que ocorra”, no exercício da profissão desempenhada por 27 anos junto à sociedade Rio-grandense na Segurança Pública, como também na função pastoral frente à igreja, esse fato, trouxe inúmeros questionamentos.


O assunto é merecedor de imensa investigação por se tratar de algo complexo, investigado em diversos campos científicos por meio de abordagens complementares e também antagônicas. Um dos campos férteis em que se investiga esse fenômeno é a psiquiatria, que geralmente trata o suicídio como um fenômeno individual, o qual deriva quase sempre de uma profunda depressão, a qual segue sintomaticamente outros traumas, muitas das vezes causada por traumas infantis, alcoolismo, drogas e outros.


Por não possuir conhecimento acadêmico, mas com conhecimento e experiência religiosa, é possível estender apoio ao problema que atinge várias famílias, deixando-as incapazes de entender o motivo pelo qual seu ente querido deu fim a sua vida.

Na realidade, o suicídio é o final dramático de algo que está errado, pois deriva principalmente de doenças psicossomáticas, que por sua vez, não é percebida a tempo por familiares. Dentro do exposto é possível trazer os casos de suicídios à luz da Bíblia, que também ocorreram e foram registrados no Livro Sagrado, de pessoas que se suicidaram.


No Antigo Testamento, temos os seguintes casos de suicídio, a saber: O rei Saul, ao ser derrotado na batalha, temendo ser ridicularizado e torturado por seus inimigos, jogou-se contra a ponta de sua própria espada, e seu escudeiro, vendo isso, seguiu o exemplo de seu senhor, morrendo ao seu lado (1Sm 31.4-6).

Aitofel enforcou-se em casa. Vejamos o motivo: “Vendo, pois, Aitofel que se não tinha seguido o seu conselho, albardou o jumento, e levantou-se, e foi para sua casa e para a sua cidade, e deu ordem à sua casa, e se enforcou e morreu, e foi sepultado na sepultura de seu pai” (2Sm 17.23).

É importante salientar que não é considerado suicídio o caso de Sansão, que causou a própria morte ao provocar um colapso no templo onde os filisteus estavam realizando uma grande comemoração. Na ocasião, três mil pessoas morreram. (Ver Juízes 16.30).

No Novo Testamento, temos o caso de Judas Iscariotes, o traidor, que se enforcou depois de ter jogado trinta moedas de prata sobre o pavimento do templo diante do sumo sacerdote e dos anciões (Mt 27.3-5). Um dos textos bíblicos que nos chamam a atenção sobre essa atitude de Judas, foi registrado por Lucas quando menciona que alguns dias antes de suicidar-se, Satanás entrara em Judas Iscariotes: “Entrou, porém, Satanás em Judas...” (Lc 22.3).


A psicologia e a psiquiatria revelam que o suicídio geralmente é o resultado de um profundo transtorno emocional ou desequilíbrio bioquímico associado a um profundo estado de depressão e medo. “Portanto, creio que esses fatores podem estar associados à pessoas que se suicidam, mas, também creio que o suicídio tem um lado espiritual, que se tratado tão logo os sintomas são detectados, o indivíduo depressivo pode reverter à situação, principalmente através da Fé”, salienta o pastor. Dentre os fatores associados à depressão, estão: Humor depressivo, irritabilidade, ansiedade, angústia, desânimo, falta de motivação, insegurança, desesperança, desespero, desamparo, vazio, desinteresse, entre outros.

Há uma grande discussão na questão de Fé e Razão, pois desde os filósofos antigos, em se tratando de Fé, havia muita especulação, mas hoje a ciência tem provado que um indivíduo com Fé é capaz de superar obstáculos que pela ótica humana não seriam possíveis de ser resolvidos. Quando olhamos para a Pirâmide de Abraham Maslow, chamada de Pirâmide das Necessidades, verá da base para o cume da pirâmide, as necessidades primárias e secundárias dispostas da seguinte maneira: Necessidades Fisiológicas, Necessidades de Segurança, Necessidades Sociais, Necessidades de Estima e Necessidades de Auto realização.

Quando olhamos para a Palavra de Deus no livro de Mateus 6.33-34 “Mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas as coisas vos serão acrescentadas, não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal”. Nós então percebemos que nossas necessidades muitas vezes são mais espirituais que materiais, e foi isso que Deus ensinou na sua palavra.

O mundo moderno cada vez mais tem priorizado as coisas materiais ao invés das espirituais, é uma corrida feroz por adquirir, ter, possuir, fazer e outros. O homem materialista cada vez mais se distância de Deus, como criador supremo e orientador de ser criado. Tem anos que Dom Pedrito é envolvida por uma onda de suicídios, chegando a quase um por mês, quando não, dois mensais.Mas não se vê nenhuma discussão mais profunda sobre o assunto, simplesmente comentários em rádios, jornais, internet, mas fica uma lacuna cheia de perguntas não respondidas.

“Para nós evangélicos, sem sombra de dúvidas, é algo que fere a alma do homem, o qual foi criado à imagem e semelhança de Deus, portanto, desde o Jardim do Éden, se levantou um ser antagônico as coisas criadas por Deus e sua oposição perdura até nossos dias causando dor e sofrimento. A ciência trabalha para explicar os casos de suicídios, mas a alma e o espírito só podem ser tratados com a Palavra de Deus (Hebreus 4.12)”, concluiu.


Quadro de Ocorrências

O mês de setembro é dedicado à conscientização para prevenção do suicídio, dentro da campanha Setembro Amarelo. A OMS divulgou estes dados: de 15 mil suicídios mostra que 35,8% das vítimas tinham transtorno de humor; 22,4% eram dependentes químicas; 10,6% tinham esquizofrenia; 11,6%, transtorno de personalidade; 6,1%, transtorno de ansiedade; 1%, transtorno mental orgânico; 3,6%, transtorno de ajustamento (depressão/ansiedade deflagradas por mudanças ou traumas); 0,3%, outros distúrbios psicóticos, e 5,1%, outros diagnósticos psiquiátricos. Os 3,1% restantes não significam ausência de doença mental, mas a falta de um diagnóstico adequado. Conforme dados da OMS e da Secretaria Estadual de Saúde, a média de suicídios regionais é mais que o dobro que a média dos nacionais. Seis cidades da região: Lavras do Sul, Bagé, Candiota, Dom Pedrito, Hulha Negra e Aceguá, em balanço de 2010 até agosto deste ano. Hulha Negra com o menos ocorrências. O ano de 2015 ocorreram mais suicídios na região, sendo 13 casos em Bagé e nove em Dom Pedrito. Como dito anteriormente Dom Pedrito, levando em conta o número de habitantes, é o município onde mais ocorrem tais casos. Nas seis cidades citadas, nos últimos oito anos, 144 pessoas tiraram a própria vida. Outro dado importante é que pessoas do sexo masculino representam 81% dos casos. A estimativa aponta que 38,7 % das tentativas resultaram em morte.

6 sinais de comportamento suicida (fonte revista Galileu)

1 – Frases de alarme – Não acredite no mito de que pessoa que fala em suicídio é só para chamar a atenção. Falar pode ser um pedido de ajuda. Algumas das frases, “não aguento mais”, “eu queria sumir” e “eu quero morrer”.

2 – Mudanças inesperadas – Alguém tinha um hobby e abandona tudo, era super vaidoso e fica desinteressado. A mudança de comportamento pode ser o momento de se aproximar da pessoa para saber o que está acontecendo.

3 – Depressão e drogas – As estatísticas alertam: para cada suicídio, há entre 10 e 20 tentativas, ou seja, quem tentou suicídio está muito mais vulnerável. Segundo alerta: quase 100% das pessoas que se suicidaram enfrentavam algum problema mental - a maioria depressão. E, se a pessoa consome álcool ou outras drogas, atenção redobrada.

4 – Pode não ser só ‘aborrescência’ – As taxas de suicídio dos jovens brasileiros só faz aumentar. Existe uma falsa ideia de que a depressão atinge mais pessoas adultas. O adolescente apresenta outros sintomas, ele vai se trancar no quarto, não vai falar com ninguém, e isso vai ser entendido como fenômeno da adolescência normal.

5 – Preto no branco – Somente 15% dos gravemente deprimidos vão se suicidar, mas a depressão severa continua sendo a maior causa do suicídio. Para o deprimido, o mundo deixa de ser colorido, é preto e branco. Ele tem baixa autoestima, desinteresse por todos e fica muito voltado para ele mesmo, se isolando dos outros e não vê motivos para continuar vivo. É um alerta de urgência.

6 – Bom demais para ser verdade – A simulação de melhora é comum em diversos casos de suicídio, então, se uma pessoa que normalmente é deprimida parecer subitamente alegre, é importante acompanhá-la para garantir que ela não tentará o suicídio.

O que você pode fazer?

Segundo o psiquiatra da Rede Brasileira de Prevenção do Suicídio Carlos Felipe Almeida D’Oliveira, o ideal é conversar com a pessoa e não deixá-la sozinha. Ao conversar, procure não falar muito e ouvir mais, já que muitas vezes a pessoa só precisa ser ouvida. “Se possível, acompanhe a pessoa a um profissional de saúde e peça orientação”, diz. Outra medida é retirar o acesso de ferramentas potencialmente destrutivas dentro de casa - como arma, remédios e substâncias tóxicas - para evitar o uso delas em um impulso.






 
 
 

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