Polêmicas marcam a quarta-feira em Bagé
- Jornal Gente
- 27 de set. de 2018
- 2 min de leitura

Nesta quarta-feira (26) em Bagé, o vai e vem cotidiano dos transeuntes, se esbarrando com a abordagem pedindo voto dos cabos eleitorais e suas bandeiras, principalmente aos candidatos a deputado federal e estadual foi acrescida com agenda de duas atividades específicas na disputa a presidência do Brasil.
A noite, cerca de 2,5 mil pessoas, conforme informação de organizadores, recepcionaram, na Associação Rural, o candidato a vice de Jair Bolsonaro (PSL), general Antônio Hamilton Mourão (PRTB), que ao palestrar defendeu da candidatura ser favorável a revogação da estabilidade no serviço público e uma profunda reforma do Estado, com prioridade à saúde, segurança, educação e agronegócio e geração de emprego.
Sem show pirotécnico, mas com muita transpiração, não faltaram gritos de "mito" e apologia a violência para uns e simbologia eleitoral para outros, como o uso de um rebenque que foi usado por ruralistas hostilizando militantes petistas em março, durante a visita da caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no campus da Unipampa de Bagé.
Mourão foi também questionado pelas declarações polêmicas e analisou que em momento eleitoral é necessário possuir cuidado em se expressar. Porém, não se limitou a tocar em pontos agudos como aproximar o serviço público aos enquadramentos da atividade privada, também tratou da elevada tributação brasileira, o excesso de leis, o ambientalismo e até mesmo da "hegemonia do politicamente correto". No ensino público e gastos governamentais que para ele é desnecessário investir dinheiro em uma campanha de vacinação, quando “todo mundo” tem celular, basta mandar uma mensagem: "vacine seu filho hoje" — exemplificou.
Mourão também disse que "a democracia, por pior que seja, ainda é o melhor de todos os sistemas" e falou que Bolsonaro está em uma missão cívica.
A municipalidade anti-PT se fez presente
O badalado evento entre Mourão e entidades rurais, aconteceu como o previsto a portas fechadas e por uma grupo seleto em torno de 300 pessoas. Fatos marcantes foram atribuídos a esse momento em especial. Primeiro, por ser realizado no mesmo salão onde em 15 de março havia sido organizada a reação hostil à visita de Lula, na parede, a lista dos 14 sindicatos rurais presentes, no lugar do número 13, ao lado da décima terceira entidade, havia a soma 12+1. Do lado de fora, um Landau 1972 que pertenceu ao ex-presidente Emilio Garrastazu Médici, natural de Bagé.
O ápice da demonstração anti-PT, foi os presentes do prefeito Divaldo Lara (PTB), o rebenque e um quadro com a foto tirada de um ginete onde o cavalo pisoteia a bandeira do Partido dos trabalhadores, fato ocorrido durante os protestos à caravana de Lula, em março.
Ato ‘‘Ele Não’’
Ocorreu também, quase simultaneamente a palestra de Mourão, o ato articulado através de redes sociais, com a mobilização denominada ‘’Ele Não’’, contrária à candidaturas do deputado federal Jair Bolsonaro, à presidência da República, e do general Hamilton Mourão, para a vice-presidência. A mobilização pluripartidária e terminantemente contrária ao candidato, percorreu a avenida Sete de Setembro com palavras de ordem. Os organizadores não informaram o número de pessoas presentes.
Estiveram presentes grupos dos mais diferentes pensamentos de gênero, religião e ideológicos. Nas palavras de ordem gritos contrários ao fascismo, o incentivo ao ódio, ao machismo e todo o tipo de preconceito.
Crédito: Fernando Gomes/Agência RBS e Bárbara Cunha/JG
Comments