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Bagé é referência em saúde auditiva


Bagé é referência no Rio Grande do Sul na área de Saúde Auditiva, abrangendo seu atendimento em 28 cidades da região. São realizadas 240 consultas, com aproximadamente dois mil aparelhos distribuídos ao ano. Conforme a fonoaudióloga Cíntia Cristina Cezar Lazzare, o serviço não é somente a entrega do objeto, vai além. “Nós aqui trabalhamos com a saúde dos pacientes, é a melhora da vida deles que nós proporcionamos”, comenta. Conforme Cíntia, a maioria dos pacientes com dificuldades auditivas são isolados. “Toda a questão do isolamento social, acaba se transformando quando eles recebem os aparelhos, até mesmo o contato com a própria família. Quando eles entram aqui é para o resto da vida, pois as visitas precisam ser constantes, os aparelhos precisam de manutenção, e a cada cinco anos é preciso pedir um novo”, relata. De acordo com Cíntia, cerca de 20 novos pacientes entram todos os dias no espaço. O paciente Luiz Carlos da Silva Lemos, que desenvolveu sua surdez por decorrência de uma inflamação crônica, estreou o aparelho no dia 26 de setembro, e salienta que tudo melhorou. “Para eu está sendo ótimo, já não escutava quase nada e isso me perturbava. Quando coloquei não estava acostumado e dava muita interferência com a televisão, agora já estou mais acostumado e percebo que nas conversas em família, que eu quase não ouvia, hoje chegam a gritar perto de mim”, destaca. O paciente comenta que no fim, já tentava ler os lábios para não pedir que repetissem. “Muitas vezes eu só concordava. Teve um dia que eu perdi todo o conteúdo da aula da igreja que vou, porque eles não falam auto e eu ficava constrangido”, aponta. Para o menino Micael da Silva Belufo, de 9 anos, descobriu sua condição auditiva aos sete anos, mas somente agora adquiriu o aparelho. “Estou feliz com o aparelho, agora consigo me ouvir e ouvir os outros falando ao mesmo tempo”, frisa. Mãe de Micael, Mara Cristina da Silva Belufo, explica que o menino realmente precisava do serviço. “Eu tive muitos problemas com ele, desde pequeno, os médicos diziam que ele era hiperativo, mas nada adiantava. Quando descobriram que o problema dele era auditivo, ficou claro que ele também tinha complicações com a visão, pois precisava de seis graus em um olho, isso o deixava ansioso. Agora vai melhorar”, diz. Conforme o Prefeito Divaldo Lar, o programa de saúde auditiva de Bagé completa dez anos, com uma equipe multidisciplinar, ajuda a realizar o sonho de quem mais precisa. “É um trabalho referência no Rio Grande do Sul, atende a 28 cidades. Esse é um trabalho que orgulha os bageenses e que ganha mais força agora com a ajuda do governo e com a certeza que queremos que esse programa se amplie e siga e realizando o sonho de quem mais precisa”, completa. Segundo o provedor da Santa Casa de Caridade de Bagé, Aírton Lacerda, esse serviço de saúde auditiva, inaugurado no ano de 2007, é importante para as pessoas com essa deficiência. “Os aparelhos ainda possuem muita resistência por parte dos pacientes, muitos não querem usar, mas depois que é feita a adaptação, eles percebem o quanto fazia falta no dia a dia”, acrescenta.


 
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