EDITORIAL: Aumento na tarifa do ônibus pesa no bolso da população.
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A notícia divulgada pela prefeitura de Bagé na sexta-feira (18), concretizou o que todos já sabiam: ocorreria reajuste da passagem de ônibus, somente a questão era o valor a ser pago pelos usuários bageenses.
O fato em si, é o final de um processo de discussão sempre desgastante, principalmente para o lado do poder executivo que desagua “salgando” no bolso da população. Um fato que sempre é abordado, mas nunca solucionado, é o estado de conservação do transporte coletivo e horários de circulação. Tal discussão traumática não é prerrogativa somente da Rainha da Fronteira, mas uma realidade das cidades brasileiras que devem sim ser questionada em todo território nacional, o desequilíbrio entre preço e o serviço oferecido.
Não é mais possível a suba do transporte coletivo e de serviços como IPTU, Água e outros impostos serem feitos em cima de cálculos frios que não acompanham o aumento salarial ofertado hoje no Brasil que passa o por um processo de retração onde os índices são baixos frente a inflação e com acentuado desemprego. Que é a este universo de pessoas que o aumento das passagens e de serviços vai atingir.
É muito frágil e desumano o poder público usar de prerrogativas de congelar aumentos anuais compatíveis quando lhes interessa para ganhar popularidade e depois ter que compensar as empresas que prestam as concessões em subas abruptas, irreais e que elevam o orçamento do trabalhador, - Para depois usar esse congelamento como desculpa para taxar aumentos elevados.
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