Em Bagé o samba no pé se transformou em debate de gabinete

O carnaval de Bagé, conforme anuncio da secretária de Cultura e Turismo (Secult), Anacarla Flores, na semana que passou, cancelando o carnaval de rua, mas com desfile de blocos ao meio-dia, retorna para a pauta da governança municipal com duas propostas no mínimo inusitadas.
A primeira foi da reunião na noite de segunda-feira (22), no Palacete Pedro Osório, quando representantes de blocos carnavalescos e escolas de samba discutiram a viabilização do Carnaval de 2020. Ora, a intenção pode ser boa, mas o carnaval deste ano nem ocorreu por variados motivos que em um ano só ocorrerá caso o poder público tenha verba para aportar.
A outra foi que a prefeitura vai investir R$120 mil na locação das máquinas para a Secretaria Desenvolvimento Rural (SDR). Valor esse que seria destinada para os festejos do carnaval. Pergunta, que carnaval?
O que fica deste verdadeiro carnaval sem samba é o que frisou Anacarla na reunião com os carnavalescos, “Governo Municipal tem vontade e interesse de realizar o evento no ano que vem, mas viabilizar sozinho todos os recursos financeiros e a estrutura necessária é inviável. Não adianta correr atrás de tudo no final do ano que não dá tempo”.
Porém cabe ressaltar que 2020 é ano eleitoral e no Brasil, convicções caem por terra frente aos interesses eleitorais.
Foto: Prefeitura de Bagé