Sob protestos de servidores, governador pede apoio dos deputados para privatizar estatais, sem plebi
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Conforme já havia sido acordado, Eduardo Leite (PSDB) esteve na Assembleia Legislativa nesta terça-feira (05) para abrir a primeira sessão ordinária da legislatura 2019/2022.
Mais uma vez o governador usou da situação financeira do Estado para justificar a venda da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), Companhia Riograndense de Mineração (CRM) e a Companhia de Gás do RS (Sulgás). O objetivo de Leite é enviar a PEC ainda esta semana ao Legislativo.
A proposta de emenda constitucional (PEC), retirara a necessidade de se realizar plebiscito para que sejam privatizadas as três estatais, abre caminho para posteriormente ser vendido Banrisul e Corsan, mesmo que seja negado hoje. E não muda nada da essência do governo de José Ivo Sartori (MDB).
Os servidores públicos estiveram presentes no plenário para protestar contra a iniciativa, defendendo a manutenção das empresas ao povo gaúcho. Assim, como fizeram a todas as investidas de Sartori para abrir mão do patrimônio público sob uma proposta de estado mínimo que toma força no cenário nacional com a eleição de Jair Bolsonaro (PSL) a presidência do Brasil.
Para Eduardo Leite a população, real detentora do patrimônio público, não possui lastro para tomar a decisão acertada que é a sua, “O plebiscito levado à população sem análise de custos operacionais, de oportunidades de mercados, de alterações tecnológicas, lança para a decisão de todos e consequentemente para a responsabilidade de ninguém”, defendeu, afirmando que existe um universo de gaúchos em silêncio querendo a privatização, aliás, como existe outro tantos gaúchos que não querem a privatização. Motivo de existir a prerrogativa do plebiscito para dizer democraticamente o que a população deseja para o seu Estado.
Foto: Wilson Cardoso