Os defensores das privatizações, usam suposta fraude em licitações na CRM, para justificar fim do pl
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A operação "Cinerum" realizada pela Polícia Civil, na manhã de quinta-feira (7), em quatro empresas prestadoras de serviço que fazem o transporte de cinzas da Companhia Rio Grandense de Mineração (CRM), por suspeita de prática de fraudes em licitação e associação criminosa em prejuízo aos cofres públicos, caiu como uma luva para os defensores em vender as estatais gaúchas sem plebiscito.
A investigação é conduzida pela Delegacia de Polícia de Repressão aos Crimes contra a Administração Pública e Ordem Tributária, do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic). Os números apresentados de prejuízo aos cofres da CRM é estimado em R$ 9 milhões.
Os 10 mandados cumpridos de busca e apreensão foram na sede da estatal, em Porto Alegre, e em outros nove endereços residenciais e empresariais em Alvorada, Butiá, Charqueadas, Minas do Leão e na Capital. Cinquenta policiais civis participaram da operação. As empresas investigadas são quatro. A primeira, que vencia a licitação, desistia subitamente, alegando incapacidade, deixando para a segunda empresa, que tinha o mesmo sócio da terceira, (são) indícios da suposta fraude licitatória — diz o delegado Max Otto Ritter.
Ainda conforme a investigação, a quarta concorrente dos certames não teria qualquer condição de participar da concorrência, dando indícios de servir apenas como fachada para o esquema. Os nomes das empresas não foram divulgados.
Os trabalhadores
Um fato que ninguém discorda é a falta de cuidado, de zelo nos serviços públicos prestados pela governança brasileira. A prática dos governos é usar como moeda de troca o preenchimento das pastas na área da saúde, educação, infraestrutura e demais serviços se estende também nas empresas estatais. Não há exceção à todos os governos, seja municipal, estadual ou federal ,faz da distribuição de cargos políticos pelas siglas e grupos partidários, principalmente levando em conta os mandatos dos legislativos.
A atual denúncia que chegou na polícia em 2017, após a Contadoria e Auditoria Geral do Estado (Cage)identificar irregularidades nas contratações, muito antes, já era bandeira de luta por parte do Sindicato dos Mineiros de Candiota, frente prática, licitatórias e de relação das diretorias da mineradora com empresas terceirizadas, isto é visto, tanto no site da entidade como também em sua página do Facebook.
"Agora, é uma consequencia que nada se identifica com a intenção do governador Eduardo Leite (PSDB) em propor que a Assembleia Legislativa retire o direito do plebiscito para poder vender o patrimônio gaúcho", salienta a entidade. Até porquê, usar desta operação policial, como também querer ligar da empresa, atender um contrato com a CGTEE, uma estatal federal com futuro incerto, não pode ser usado como discurso de quem deseja a privatização sem que a população, real interessada, possa apontar o que realmente deseja fazer de fato.
Além de buscar encobrir o verdadeiro fator, que é as imensa jazidas de carvão pertencentes a mineradora e a solução da região que é concretização pólo carbonífero. Os investidores internacionais e o governo federal fazem pressão e o governo do Estado está acuado.
Governo
O governador usou alguns veículos de comunicação para defender sua posição em privatizar as estatais sem o uso do plebiscito. Fato que para alcançar necessita do apoio de 34 deputados para aprovar a dispensa do mesmo, para privatizar a CRM, a Sulgás e a CEEE. Fato que ocorrendo, abre precedentes para a venda do Banrisul e da Corsan.
O desejo expressado de parte de setores da sociedade que é preciso mudar comportamento na gestão, se desfazendo de estatais não é nova, é exatamente por esse motivo que existe a lei constitucional gaúcha, para mediar quem concorda e quem discorda desta máxima que, o estado para crescer, precisa se desfazer de serviços prestados.
Foto: Capturada da internet