Caio Ferreira é eleito conselheiro do Conselho Estadual dos Técnicos Industriais

Os técnicos industriais estiveram em eleição para o seu Conselho Técnico, no decorrer de toda sexta-feira (05), em urnas fixas nas cidades de Bagé, Caxias do Sul, Lageado, Passo Fundo, Pelotas, Porto Alegre, Santa Maria. O escrutínio ocorreu na manhã desta segunda-feira (08), elegendo 15 conselheiros e seus respectivos suplentes.

A chapa representando a região foi composta por Caio Ferreira e Daniel Caldeira, que conseguiram 63% dos votos no Estado, a maior votação da região e a terceira votação individual, ficando com apenas cinco votos de diferença do primeiro colocado.

“Hoje temos o nascimento do nosso Conselho,temos uma missão pela frente,construir uma grande caminhada em defesa dos nossos técnicos industriais com independência,ética e responsabilidade”, enfatizou Ferreira ao término do escrutínio.

Para o sindicalista Mauricio Flores que presidiu a mesa eleitoral de Bagé, no Colégio Justino Quintana, o momento é de comemorar a vitória de uma luta que tem mais de 40 anos dos técnicos industriais. Isto porque a categoria sempre esteve, a partir do reconhecimento da profissão, agrupada junto ao Conselho Regional de Engenharia Agronomia e Arquitetura, que hoje, somente é Conselho de Agronomia e Arquitetura.

“Durante esses anos esteve lá muito mais no sentido de haver um controle da categoria do que ocupasse espaços tradicionalmente pertencentes aos engenheiros, do que propriamente para cumprir o papel de orientação e fiscalização dos seus profissionais”, explica, afirmando que a criação do sistema de fiscalização CFT, CRT veio para suprir essa lacuna fazendo com que se respeite integralmente a lei 5524 , o decreto 90922 e o decreto 4560 que criam, reconhecem e regulamentam as profissões de técnicos industriais do Brasil.

“Então a partir desse momento, há toda uma construção que deve ser feita porque a gente obteve até aqui, foi à criação do sistema fiscalizador e orientador. Agora com a eleição dos conselheiros regionais se completa um ciclo que é a instalação plena do Conselho com sua plenária constituída e a partir daí, é todo um processo de construção, porque mesmo quando o decreto foi criado em 1985 muitas das modalidades profissionais que existem hoje no sistema nem existiam naquela época, então tudo isso tem que ser regrado”, ressalta dentro de um entendimento que o regulamentado reconhecido tem que ser esclarecido para que a população, a sociedade em geral, tenha serviços cada vez com maior qualidade e a garantia dessa qualidade que pode ser assegurada com a devida orientação do próprio conselho.

O período de gestão é de quatro anos, e, assumem no dia 12 de abril com a realização da reunião de posse. No Rio Grande do Sul, estão registrados no sistema, 22.700 técnicos, esse número, conforme Flores é bem menor que a quantidade de técnicos que estão operando no mercado de trabalho. O fato ocorre justamente porque a fiscalização praticamente não existia.

“Na verdade a fiscalização só existia quando representava uma ameaça aos trabalhadores de nível superior”, explica, apresentando uma questão de importância sobre a existência de muitas empresas contratarem técnicos que não estão registrados, mas que atuam de forma ilegal , “Porque só pode atuar livremente na profissão o profissional que além de estar formado por uma escola reconhecida , esteja registrado no seu conselho , isso é o que diz a lei. E, é que vamos fiscalizar, claro que num começo bastante educativo , do que punitivo , mas no sentido em que as coisas venham a ser colocadas no seu devido lugares”, aponta.

“É uma data histórica para toda a categoria e ao mesmo tempo em que digo isso, faço uma comprovação que durante todos esses anos ficava fácil para nós apontar em tudo que dava errado cobrar o CREA e a partir de agora a gente não pode mais. Agora depende de cada um de nós”, concluiu.

Foto 1: Chapa da região e membros da mesa eleitoral de Bagé / Foto: João Mauricio

Membros da mesa eleitoral de Bagé / Foto: João Mauricio